O EMPENO PRESIDENCIAL
Após um breve período de
hibernação provocado, ora por alguma maleita, ora por que as condições
climatéricas desfavoráveis registadas não o permitiam, lá regressaram as nossas
saídas domingueiras.
Confesso que tive uma agradável surpresa
ao verificar que o grosso do pelotão tinha aumentado.
É verdade, da primeira vez o Mister trousse consigo o jovem Nuno e o
tenor angariou mais dois elementos: o Armindo Sá, ao qual lhe foi atribuído o
cognome de Mandarilo e o Manuel, com o nome de guerra de Pirata
dos Trilhos. Ambos menos jovens mas com muita garra e força nas
“canetas”. E, pelo que deram a mostrar revelaram-se bem capazes de poderem
ingressar em pleno nos Bikenaturas – proposta a fazer, certamente, na próxima
Assembleia geral, haja quórum para isso. (não me levem muito a sério).
No primeiro domingo o nosso
batedor começou por nos levar a recordar alguns trilhos por nós baptizados
inseridos na Rota do Esquilo. Percursos
mais ou menos suaves, pois tinha que testar as capacidades dos novatos. A manhã
passou-se com boa disposição, muita alegria e claro algum cansaço.
Este domingo, rumamos em direcção
às terras de Burgães pelo trilho da foz do rio Vizela até à estrada nº.105 que
nos deu acesso a calcorrear um caminho estreito e acidentado em direção aos
socalcos das encostas dos montes de Rebordões e Burgães.
A direcção era a Sul e com mais
algumas pedaladas estávamos em Refojos de Riba d ‘Ave onde demonstramos a nossa
capacidade de pedalar na lama sem qualquer tipo de queda e que nos abriu o
apetite para o habitual reforço calórico.
Atravessamos novamente a estrada
nº. 105 em Lamelas onde percorremos alguns caminhos e trilhos que para mim se
revelaram muito desgastantes mas que deu para chegar a Santa Cristina do Couto
onde recuperamos algum fôlego.
A intenção era regressarmos
passando pelo parque da Rabada pelo trilho adjacente á margem esquerda do Rio
Ave por nós já sobejamente conhecido.
Contudo, no final deste trilho,
quase a chegar a Caniços, deu para apreciar e notar o quanto o ambiente está
transformado ao contemplarmos um bando de gaivotas a flutuar no rio Ave e
empoleiradas no telhado duma casa semi-submersa.
Já na parte final reparei que o
nosso Tenor vinha um bocado intrigado, acabando por me confessar não
compreender como é que os novatos ainda não tinham furado. “ Pois é Tenor, o
tempo esvai-se e as tuas qualidades esotéricas deixam de surtir efeito (pelo
menos a quem elas são supostamente dirigidas), pois o único a ser atingida por
elas foi o Mister”. Também é normal que tanto o Mandarilo como o Pirata dos Trilhos
não de deixem intimidar por essas coisas do além.
Porém, foi na subida mais longa
deste que percebi que estava a levar o empeno de todo o tamanho ao ponto de ter
que ser rebocado pelo nosso Mister, ainda que por breves momentos, na subida de
Caniços. [OBRIGADO
MISTER!!!!.]
Ao escrever este relato lembro
com saudade a necessidade que temos do nosso Skriba, dos conhecimentos do nosso Querqus e dos debates acérrimos e brejeiros que mantinha com o Ninja e que bom seria disfrutarmos novamente
das suas companhias nas manhãs de domingo.
Aqui fica o apelo.
El
Presidente
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1 comentário:
Já tive o privilégio de ver uma queda presidencial... um mergulho presidencial... e não tive a sorte de ver o meu presidente a empenar...empenar, sim mas não quebrar...Eis a fina flor dos BiKeNaTuRaS! Avé El Presidente!
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