SENHORA DA GRAÇA - REVISITADA
Vamos lá esquecer os momentos de
crise que atravessamos e narrar um feito que os Bikenaturas, pela segunda vez, realizaram.
Embora convocatória fosse
atempadamente divulgada e alargada a todos os Bikenaturas e afins, desta feita,
para além dos repetentes (Tenor, El
Presidente, Wolf e Batedor),
cometeram a proeza, o Riones e o mais
recente elemento Mandarilo.
O Nosso apoio levou-nos até ao
parque de campismo de Mondim de Basto. Foi a partir daqui que iniciamos o
percurso constante do track que o Bat.
tinha copiado para o Garmin.
Tal como da primeira vez o
percurso contemplava trilhos lindíssimos. Porém, e apesar de toda a nossa
atenção, não vislumbramos qualquer cerejeira.
Depois de atravessarmos a pequena
ponte sobre o rio Cabril, o GPS, assumindo a sua estupidez, enviou-nos para uma
mata cheia de fetos e muitas urtigas o que motivou que lhe endereçássemos
alguns vitupérios.
Por fim atinou deixando-nos num
estradão que iria ligar ao outro que percorrêramos da última vez e que nos
levaria até às Fisgas do Ermelo.
Era o momento de pararmos,
reabastecer-nos de água e admirarmos a paisagem linda e agreste que as Fisgas
proporcionam.
Mais algumas fotos para a memória
antes de encetarmos a tenebrosa subida que nos iria levar até perto das lagoas.
Para alcançar as lagoas, sabíamos
que tínhamos de atravessar o rio que as alimenta e as estratégias foram
basicamente as mesmas que da 1ª vez (ver relato http://bikenaturas.blogspot.pt/2011/06/sr-da-graca-facil-muito-facil.html).
Nas lagoas o ambiente já estava
animado por um grupo de jovens espanhóis que encontraram, e bem, neste recanto
o local ideal para passar o dia. Foi pena não podermos esperar pelos grelhados
que, entretanto, começavam a cheirar, e tivemos que nos contentar com as sandes
diversas, os pastéis de bacalhau e a aletria.
O percurso para a Sª. da Graça
revelou-se bastante diferente que o anterior. Duvido mesmo que o «trackista»
que o desenhou saiba andar de bicicleta, não deixando de fora ideia do seu
autor ser mesmo uma cabra.
…Meu caro Skriba! Ainda bem que não foste, porque das lagoas até entrarmos no
trilho que nos levaria até à estrada da Sª. da Graça, poucos foram os momentos
que as nossas burras carregaram connosco ao ponto de deixar desesperado o nosso
Tenor, que ponderou, mesmo, a hipótese de desistir, juntamente com Riones. Mas
alguém lembrou que eles eram uns Bikenaturas
e que desistir não cabe no espírito destes. Contudo, dumas leves cãibras
não se livraram e com um pouco de repouso e alguma hidratação continuamos a
nossa aventura.
Agora, já por caminhos dignos de
betetistas, finalmente, alcançamos o estradão que nos levaria ao nosso
desígnio.
A alegria que transparece do
rosto de Riones pela satisfação de ter conseguido este feito; o ar austero de
Mandarilo como que a dizer que é ele quem manda nas alturas e a sensação do
dever cumprido por parte dos restantes Bikenaturas
levou-nos a pensar que, afinal …«isto
foi canja!!!»
A descida até ao parque de
campismo foi feita nas calmas porque as burras ficaram todas desengonçadas.
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