Após um interregno de mais de 1 ano (Pedraído sem tangerinas mas com fenomenal empeno!) regressei às lides betetistas.
Para nos acompanhar
convidei o meu amigo de “estrada” o Paulo Carneiro que curiosamente também
esteve nessa saída com os BiKeNaTuraS.
Confesso que só acedi ao
convite dos meus prezados amigos, desconfiando sempre do meu caro Batedor, porque seria um “passeio” pelas margens do rio Minho, que conhecia
perfeitamente visto que seria a 4ª vez que ia rolar nesta Ecopista, e sem a
perspetiva do meu tão indesejado TBCAD.
Sendo
assim partimos de Bairro, 5 Bikenaturas e um quase Bikenaturas, em direção a
norte onde se situa à última “fortaleza” lusa…Valença!
Chegados
lá deixamos os veículos num dos muitos parques de estacionamento que dão acesso
à fortaleza.
Sem
demora montamos as nossas “burras” e transpomos as muralhas da fortaleza
percorrendo de seguida algumas ruelas, ainda desertas, com o objetivo de tomar
a tão desejada bica.
Carregado o depósito com
cafeina lançamo-nos à procura da Ecopista do Minho… E lá a encontrámos ao fim
de algumas centenas metros. No entanto entrámos nela à uns bons 200m à frente
do seu início…
Durante alguns quilómetros
rolamos no piso betuminoso avermelhado, no antigo ramal ferroviário que ligava
Valença a Monção, até à estação de Friestas.
A paisagem era verde com
as suas vinhas que, tão perto estavam, nos faziam “titilações”. O Mister achou
que a pista só servia para fazer um “contrarrelógio” e logo impomos um ritmo
mais elevado. Mas, os nossos amigos não estavam para aí virados e quando me
apercebi já levavam umas boas centenas de metros de atraso. Por isso abrandámos
e seguimos o “rebanho”.
A Ecopista é de facto uma “ Ecopista destinada ao Cicloturismo e a
passeios pedonais, o que fez desta via ecológica a segunda em Portugal a
aproveitar antigas linhas ferroviárias - então desativadas. Uma via destinada
ao uso público como forma privilegiada de circulação para o lazer, o desporto,
atividades lúdicas e recreativas, culturais e, de proteção do meio ambiente.
O objetivo da Ecopista do Rio Minho é contribuir para a
promoção do desenvolvimento integrado da região, reunindo pontos de interesse
histórico/culturais, o turismo, o recreio e o lazer, incentivando à conservação
da natureza e valorização dos sistemas naturais existentes. Ao longo do
Percurso os painéis de interpretação e toda a sinalética fornecem os elementos
necessários para que os seus utentes, na ausência de guias, possam compreender
os recursos culturais, naturais e paisagísticos que vão percorrendo.
Com a criação da Rede de Grandes Rotas de Percursos Pedestres
do Vale do Minho - Grande Rota da Travessia da Ribeira Minho, a Ecopista ficou
ainda mais rica no que respeita à observação da natureza. Na Veiga de Friestas
e Lapela foi criado um Observatório de Avifauna, que permitirá aos turistas
visionar as várias espécies que aqui habitam.
Em 2009 a Ecopista do Rio Minho foi galardoada com o 4º Prémio
da Associação Europeia de Vias Verdes, na categoria "Sustainable
Development and Tourism".
Fonte: C. M. de Monção
Estava
na hora de mudar de piso!
Lembrei-me que pouco à frente, em Friestas, existia num dos inúmeros cruzamentos uma tabuleta que indicava “ Praia”.
Lembrei-me que pouco à frente, em Friestas, existia num dos inúmeros cruzamentos uma tabuleta que indicava “ Praia”.
Então exortei os meus
companheiros a segui-la e… não foi difícil convencê-los visto que isso
significava sair do betume e ir ao encontro da natureza. Lá fomos por um
empedrado até às areias do rio Minho.
Que bela vista! Saliento o facto de que existe aí um parque
de merendas que naturalmente em pleno verão deve ficar sempre repleto de
farnéis, fumos, cartas e claro de boas “pomadas” da região.
De
seguida o nosso Batedor avistou uma pontinha de madeira que era impossível
ignorá-la!
Assim lá a atravessámos com enorme dificuldades devido ao “soalho”
gasto e húmido. E… aí começou o meu tão indesejado TBCAD. Felizmente que foi
somente um “cheirinho”!
Até
chegar à Ecopista passámos por um trilho bem divertido onde as nossas btt’s ficaram
de “pneus” cheios.
Já
no betume avermelhado e após algumas centenas de metros virámos à esquerda
iniciando mais uma pequena aventura, por um caminho agrícola, que nos ia
deliciar com o aroma das vindimas.
Como os BiKeNaTuRaS são uns apaixonados pela
natureza foi inevitável puxar os freios e ir ao encontro dos vindimadores. Gente simpática sem dúvida! Ofereceram-nos
uvas e mais uvas…
Mas estava na hora de partir e lá fomos em direção à Torre de
Lapela onde alguns temerários BiKeNaTuRaS subiram ver a paisagem (pena que nenhum
deles tivesse tirado uma foto).
Esta aldeia é típica desta região onde imperam costumes rurais ancestrais.
Até, novamente, virar à esquerda em busca de “pasto” para as nossas esfomeadas “montadas”.
Mais um trilho pitoresco onde a diversão foi devastadora e o TBCAD, mais uma vez, esteve presente.
Mas tudo
que é bom acaba e por isso regressámos à Ecopista onde iríamos ter o tão
“agoirado” furo do Paulo! ( o nosso
estimado Tenor ainda conserva os seus dotes! J) … Tenor é só uma
brincadeira!... (não vá ser eu o próximo! J )
Regressados à Ecopista
avistámos o seu final e a cidade de Monção. Dirigimo-nos de imediato ao centro
para procurar o repasto.
No entanto reinava na mente do Batedor uma
“tasquinha” e lá fomos nós atrás da sua “sugestão” (caímos sempre! J ).
Bem, o Batedor não só foi batedor como cicerone da cidade.
Passeámos por ruelas, passadiços, quelhos, vielas …e TBCAD!
Bem, o Batedor não só foi batedor como cicerone da cidade.
Passeámos por ruelas, passadiços, quelhos, vielas …e TBCAD!
Em suma foi bastante
divertido e cultural!
Mas para culminar só faltava a “santinha”… O nosso
Batedor pensou em tudo! IMACULADA CONCEIÇÃO... Durante sensivelmente 3 km lá
trepámos a EN 304 em busca da tal “tasquinha”!
A fome apertava e a hora já era tardia. Por isso demos volta às “burras”
e regressámos a Monção onde íamos ter uma refeição singela mas nutritiva.
Para
além da boa comida não faltou o tão desejado Alvarinho!
Terminada a sessão de "xuto" admiramos a bela paisagem e as esculturas aí presentes.
Para pisar o território
hispano passámos novamente por um passadiço, ainda não terminado, na margem do
rio Minho.
Passámos a ponte
Internacional que nos liga aos nossos “hermanos” de Salvaterra e encetámos uma
extraordinária segunda parte que nenhum de nós previa.
Findo o “Paseo Fluvial”
tivemos a sorte de seguir, durante alguns minutos, por uma espécie de estrada
térrea rodeada por um arvoredo bem refrescante e a dado momento acompanhados pelo
rio Téa que é um afluente do rio Minho.
Terminado este momento
bucólico atravessámos uma ponte medieval sobre o rio Téa e logo na saída
avançámos por uma estrada que tinha uma paisagem fantástica sobre o vinhedo da
Quinta de Fillaboa.
Enquanto apreciávamos o
passeio passámos por algumas aldeias rurais parecidas com as nossas (ou não!).
E…chegámos ao momento mais
agradável desta jornada quando entrámos num estradão e mais adiante nos trilhos da
“Rede Natura 2000 Baixo Miño” que nos iriam deliciar ao longo de mais de uma
hora de aventura betetista.
A partir daí foi a tal
desbunda… trilhos espetaculares por florestas densas… singles tracks de
arrepiar visto que estávamos na encosta do rio Minho e ao mínimo deslize era
banho pela certa... Enfim foram momentos tão bons que o nosso Batedor
enganou-se e levou-nos a fazer “replay” do mesmo percurso. Cá para mim ele sabe
MUITO! ( ele é terrível! J )… Mas pelo bem que nos
fez estás perdoado!
Adrenalina após adrenalina
lá chegamos a Tui onde o nosso Wolf desejava, há muito vinha uivando, ir
“beatar” à catedral desta localidade. No entanto os “ateus” ocasionais ou perpétuos desviaram-se dos seus uivos e rumaram à ponte que nos une dos nossos “hermanos”.
E pronto, foi uma biclada
recheada de coisas boas e sobretudo onde amizade entre os participantes foi bem
patente.
Pena foi que mais BiKeNaTuRas não tivessem tido a oportunidade de
desfrutar deste cantinho tão lindo do nosso “retângulo”… Olha quem escreve!
Pensarão os meus amigos BiKeNaTuRaS J
O Skriba
Os BiKeNaTuRaS:
, , , e
O nosso amigo:
Paulo Carneiro
3 comentários:
Viva!
Que grande relato. E os locais de provocar inveja.
Mas... quem pouco andou, muito menos tem hoje para pedalar (euzinha).
Fico-me pelas vossas descobertas e animados roteiros.
Parabéns
Dida
Obrigado Dida! Nunca é tarde para retomar as bicladas...Olhe para mim!
O que mais me custa é se não fosse a Dida a encorajar o "pobre" Skriba a relatar mais ninguém o faz...Cosas della vita! Bem-haja amiga.
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