O evento já estava marcado há cerca de 2 meses, alias, já tinha-mos feito o reconhecimento de parte do percurso previsto (ver relato de 03/04/2010). Por isso, o Domingo começou cedo e, por volta das 7 horas, já estávamos reunidos junto à nossa sede. Desta vez com a presença de algumas senhoras que nos deram a honra de nos acompanhar e apoiar. É verdade, o programa permitia e aconselhava a interacção de acompanhantes.
Chegamos a Vila Pouca à hora prevista e daqui até Campo de Jales – local do início e fim da prova – foi um instante. Ainda tentamos tomar o café Vila Pouca mas as pessoas daqui faz jus aquela ideia de que o domingo é para descansar.
Depois de subirmos cerca de 12 km., chegamos a Campo de Jales. O ambiente era festivo e já se via muito raio por lá. Tirarmos as bicles da carrinha do nosso Batedor e olhamos em volta para ver se descobríamos o nosso Ninja que sabíamos já lá estar.
Sem muita demora lá apareceu, e, imagine-se, já com o serviço burocrático concluído. Fixamos o número que nos coube, guardamos os brindes, e, como ainda havia tempo, fomos tomar café. Foi aqui nos encontramos pela primeira vez com alguns conterrâneos, inseridos noutros grupos e já mais habituados a este tipo de provas. Foi só com mais um poucos de atenção que reparei no Domingos, filho do meu grande amigo Daniel Gouveia, elemento dos famigerados BTTPINOCO.
As cerca de 4oo rodas que por ali circulavam, a boa disposição dos betetistas e os sorrisos sempre simpáticos das acompanhantes e da população local davam uma animação e um colorido original e ditirâmbico à freguesia.
A voz que saía dos altifalantes era-nos familiar. Era o Sérgio Favaios a anunciar o início do percurso após uma breve informação acerca do mesmo.
Depois de atravessarmos a povoação lindíssima e acolhedora,entramos numa zona de trilhos espectaculares para a prática da modalidade.
Havia para todos os gostos: uns verdadeiramente acidentados, com muitas pedras soltas e desordenadas e que exigia alguma técnica e perícia e que, confesso, em mim escasseia; outros, muito estreitos, ladeados por muros de granito velho e por campos verdejantes; os que atravessavam algumas clareiras enlameadas, encharcadas e até mesmo inundadas; ainda outro, junto à margem de um riacho e que nos deliciou a todos e em particular o nosso Querqus que não resistiu mesmo à tentação de se abeirar dele em busca das afamadas trutas que se constava existirem por lá. É realmente uma paisagem deslumbrante.
Depois de atravessarmos a povoação lindíssima e acolhedora,entramos numa zona de trilhos espectaculares para a prática da modalidade.
Havia para todos os gostos: uns verdadeiramente acidentados, com muitas pedras soltas e desordenadas e que exigia alguma técnica e perícia e que, confesso, em mim escasseia; outros, muito estreitos, ladeados por muros de granito velho e por campos verdejantes; os que atravessavam algumas clareiras enlameadas, encharcadas e até mesmo inundadas; ainda outro, junto à margem de um riacho e que nos deliciou a todos e em particular o nosso Querqus que não resistiu mesmo à tentação de se abeirar dele em busca das afamadas trutas que se constava existirem por lá. É realmente uma paisagem deslumbrante.
No entanto, as subidas eram muitas, por vezes longas e escarpadas que nos obrigava a dar descanso às nossas burras e a almejar a chegada ao ponto de reabastecimento.
Depois de um trilho um pouco assustador chegamos ao POÇO, lugar profundo entre dois montes e assim designado por ter sido local de muitas escavações para a extracção de ouro. Lembro-me que fui dos últimos a chegar, aliás como sempre, mas desta vez com a atenuante ter furado no trilho anterior e chegar com um pneu em baixo (não foi presságio do nosso Tenor, pois ele não estava presente).
Por isso, aproveitei o POÇO (local do reabastecimento e do ponto de encontro com as acompanhantes) para saciar a sede e restabelecer energias com a água e alguma fruta, entre outras coisas, que a organização pôs à disposição. E, enquanto os restantes bikenaturas confraternizavam com a família, aproveitei para concertar o furo. Não posso deixar de agradecer a amabilidade de um camarada desconhecido que com prontidão me ajudou com toda a eficiência e, como é obvio, aos bikenaturas que apercebendo-se do incidente já tardiamente não desdenharam o seu apoio.
A organização tinha-nos informado que era a partir daqui que a prova iria ter duas variantes: uma para os mais experientes e duros e outra mais leve para quem estivesse mais cansado e menos preparado. Bem, nós somos duros e experientes. O que também somos é mais sensatos e optamos pela segunda via.
Esta, de leve não tinha nada e deparamo-nos logo com uma subida íngreme e longa que nos provocou um grande desgaste. Ainda pensei pedir boleia ao autocarro que passava com as acompanhantes mas tal ideia logo desapareceu e a vontade de fazer valer o estatuto de duros prevaleceu.
Foi já no dealbar da vigésima sétima subida, com uma inclinação de +/- 12% (imaginem o que eu sei!?) que se notou o limiar de exaustão em que vinha o nosso Wolf. E, na realidade, subidos alguns metros já eu o via imobilizado, vítima das horríveis cãibras. Valeu-lhe a pronta e prestimosa ajuda de um companheiro de jornada que, com uns cuidadosos alongamentos e umas reconfortantes massagens o pôs novamente em acção.
Na realidade, alguém tinha dito, penso que foi o nosso Scriba, que o percurso era como um carrossel. Sim, a comparação tem cabimento, eu é que fico sempre com a sensação de que sobe mais que o que desce.
Foi estafante. Pois é meus amigos bikenaturas, nesse dia senti o peso e a realidade dos meus 50 anos. Mas o dever foi cumprido e, de uma maneira geral, portámo-nos bem. Houve até dois vanguardistas que se aproveitaram de uma pequena confusão no sentido a seguir para atalhar no percurso, usando o sentido de orientação próprio que os caracteriza para chegar nos lugares da frente.
É verdade, qual não foi o meu espanto à chegada ao ver que o Batedor o Querqus já tinham tomado banho, todos repimpados a devorar um naco de presunto fatiado e uma sêmea.
Mas isto era só o prenúncio do que estava para vir. Como estava previsto, a segunda parte da festa era destinada ao convivia e aos sabores, parte que eu e o Wolf não usufruímos e que por isso não me posso alongar no relato mas, a avaliar pelos rostos felizes e alegres que posam para fotografia, o ambiente foi do melhor.
Mas isto era só o prenúncio do que estava para vir. Como estava previsto, a segunda parte da festa era destinada ao convivia e aos sabores, parte que eu e o Wolf não usufruímos e que por isso não me posso alongar no relato mas, a avaliar pelos rostos felizes e alegres que posam para fotografia, o ambiente foi do melhor.
O Presidente
BEM-HAJAM AMIGOS!
Caros leitores foi um dia extraordinário para os BiKeNaTuRaS visto que foi a nossa primeira participação num evento desta envergadura com uma dificuldade elevada para nós. Os irmãos Favaios merecem o próximo OSCAR do BTT do Forum, se não existir há que criá-lo, porque eles foram incansáveis para que todos os betetistas recebidos, nesta linda aldeia de Jales, actuassem no melhor filme do ano...E meus caros amigos! comer de borla em tempo de crise implica com urgência a indigitação dos irmãos Favaios a Ministros das Finanças, Ministros da Solidariedade, Ministros do Desporto e já agora, visto que são meus colegas, Ministros da Educação...Enfim! eles são os "SPECIALS TWO"...
O Scriba
Reportagem Fotográfica feita por: Presidente, Wolf, Batedor , Ninja e Scriba
Agradecemos a cedência de muitas fotos aos:
JALESBTT BTTPINOCO
PEDRO INDY ET
Foram concluídos, com muita dificuldade, 46km em 4h15mn ...mas conseguímos!
Os BiKeNaTuRaS:
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MAIS FOTOS AQUI:
http://picasaweb.google.pt/belcoe/14PUF25DEABRIL#
http://picasaweb.google.pt/belcoe/14PUF25DEABRIL#
4 comentários:
O nosso Presidente é uma pessoa cheia de talento (exceptuando a bicla...hehehe!!!!) e neste relato mais uma vez demonstrou a sua apetência para a prática "scriba". Em relação ao PUF acho que os BiKeNaTuRaS provaram que fazendo algumas alterações sobretudo ao nível da alimentação (administração correcta ao longo da prova) estarão aptos para ingressarem em qualquer passeio. Deixo aqui algumas palavras ao nosso Quercus que, para mim, foi uma agradável surpresa ao nível da resistência. Quem me dera ter menos uns 30kg hehehe...mas só temos o que merecemos...
Igualmente corroboro contigo Presidente ao chamares a atenção pelo facto de o PUF não fazer a mínima alusão ao Dia da Liberdade...Bastaria, talvez, uns cravos nas biclas ou pintados nos dorsais...Mas a organização foi tão esplendorosa que a Liberdade de movimento foi sentida nas belas paisagens por nós visitadas.
Que venha o próximo passeio...
Scriba
Tens toda a razao,agora alem de um scriba passamos a ter um vice. Agora so nos falta um vice para o batedor,embora os candidatos sejam mais que muitos.
Bem! em relação a um possível vice "batedor" acho que temos dois candidato: o "Tenor" e o "Quercus"...O "Tenor" porque anda sempre à frente, mas é mais virado para o alcatrão por isso talvez não será a melhor escolha. O "Quercus" também gosta, quando se lembra, de ir à frente só que este gosta mais do pó. Acho que caberá ao nosso prezado "Presidente" indigitar o "vice-batedor"...
Desculpem pessoal mas não me atirem com essa responsabilidade para cima porque, para além de achar um cargo um pouco esvaziado, em último caso a escolha caberá sempre aotitular de cada cargo. Hehehe.....
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