Aqui está a narração do nosso 1º passeio inter-concelhios de longa distância. Também foi o baptismo do JC que mais tarde será cognominado o Batedor. Este passeio foi levedando na minha mente após algumas leituras no ForumBTT sobre a Ecovia do Lima. Assim tanto que insisti com os meu companheiros de bicla que finalmente decidiram tentar a aventura pelas terras do Verde Minho. Sendo eu um apaixonado do Cavalo de Ferro e tendo já feito algumas viagens até Viana do Castelo e Valença com a "burra" transportada no trem, incentivei o grupo a ir de Bairro até Nine e apanhá-lo aí até Durrães. Então lá saímos de Bairro às 7h45 em ponto e rapidamente chegamos a Vila Nova de Famalicão onde apanhamos a Ciclovia até Brufe.
Passemos mas é a coisas mais séria...
Atravessámos e regressámos pela ponte que deu nome a cidade sobre a qual pudemos admirar a bela paisagem que aí se pode contemplar.
De seguida, sempre junto ao rio, entramos num estradão em terra em direcção a Ponte da Barca.
Aqui é que tivemos a nossa primeira abordagem com a natureza e o curso de água. Aos poucos o estradão deixou de o ser dando lugar a uma estradinha em terra com +/- 2 metros de largura. Rolar neste tapete de terra é fabuloso porque a verdura que o rodeia está sempre presente e a água a deslizar pelo leito também.
Mas nada faz desistir os Biknatura, por isso lá montámos as burras e continuámos as nossas pedalas até chegarmos a um sítio de sonho para os amantes dos piqueniques e pesca. Sítio esse que fica mais baixo do que a ecovia, por isso tivemos de descer as escadas aí existentes. Aproveitamos para molhar os pés no Lethes e descansar à sombra das árvores.
Chegados ao cruzamento com o asfalto viramos para Nine onde tínhamos o comboio para apanhar às 09h18. Os meus companheiros apesar de confiar em mim estavam um pouco apreensivos com a ideia de apanhar o "tu!tu!" (já tínhamos ido até Espinho e Fafe no Suburbano mas nunca no Inter-Regional). Mas, lá enfiámos as biclas no compartimento que lhes é reservado com alguma confusão, porque os ganchos onde as biclas tinham de encaixar estavam um pouco altos. Tenho de louvar esta iniciativa da CP porque de facto ela permite alargar as escapadelas em duas rodas, e não só, por quase todo o país.
A viagem durou 33 minutos até Durrães. Descemos e mal montámos as biclas parámos logo no único café aí presente para tomar a nossa tão desejada bica. Abastecidos tomámos a estrada que vai de Barroselas até Ponte de Lima. Meus caros amigos a paisagem é deslumbrante porque rolamos sempre com o Vale do Lima à nossa esquerda.
Entretanto, infelizmente, aconteceu o primeiro dos dois acidentes registados. Assim íamos já na longa descida para Ponte de Lima quando à minha frente vejo o Presidente a ziguezaguear e cair no asfalto. Posso dizer que no momento fiquei muito preocupado porque ver um amigo a não conseguir segurar a bicla em plena descida com a possibilidade de aparecer veículos em sentido contrário é uma sensação aterradora. Graças ao Divino ou não! o nosso Presidente levantou-se valentemente com algumas escoriações e... o pior foi a máquina fotográfica que nunca mais iria captar momentos felizes ou não... Ultrapassado este acidente lá conseguimos chegar a Ponte de Lima e sem demoras dirigimo-nos ao "Encanada" para dilatar as nossas panças. Entre o "arroz de sarrabulho" e os "filetes de peixe" regados e embebidos com o "néctar dos Deuses" o contentamento e jubilo reinava naquela távola redonda ocupada por 6 cavaleiros que estavam a ficar anestesiados.
A viagem durou 33 minutos até Durrães. Descemos e mal montámos as biclas parámos logo no único café aí presente para tomar a nossa tão desejada bica. Abastecidos tomámos a estrada que vai de Barroselas até Ponte de Lima. Meus caros amigos a paisagem é deslumbrante porque rolamos sempre com o Vale do Lima à nossa esquerda.
Entretanto, infelizmente, aconteceu o primeiro dos dois acidentes registados. Assim íamos já na longa descida para Ponte de Lima quando à minha frente vejo o Presidente a ziguezaguear e cair no asfalto. Posso dizer que no momento fiquei muito preocupado porque ver um amigo a não conseguir segurar a bicla em plena descida com a possibilidade de aparecer veículos em sentido contrário é uma sensação aterradora. Graças ao Divino ou não! o nosso Presidente levantou-se valentemente com algumas escoriações e... o pior foi a máquina fotográfica que nunca mais iria captar momentos felizes ou não... Ultrapassado este acidente lá conseguimos chegar a Ponte de Lima e sem demoras dirigimo-nos ao "Encanada" para dilatar as nossas panças. Entre o "arroz de sarrabulho" e os "filetes de peixe" regados e embebidos com o "néctar dos Deuses" o contentamento e jubilo reinava naquela távola redonda ocupada por 6 cavaleiros que estavam a ficar anestesiados.
Com muito custo lá nos levantámos e reiniciámos a nossa passeata junto ao " rio que não foi esquecido" ...Quem está ler esta narração deve estar a pensar " O Scriba deve estar stultus!" ...Meu caro leitor após uma pequena pesquisa soube que este rio foi apelidado de "Lethes" (Lete) por Estrabão, e fabulado profusamente na mitologia Greco-Romana como o rio do esquecimento, da dissimulação e também foi chamado de Belion.
Depois deste intervalo mais culto retomemos o relato. Então junto ao rio fomos ultrapassados pelo TGV do Lima...É verdade! Esta novidade vai com certeza alegrar o nosso 1º porque já não vai precisar gastar mais milhões de euros nestas bandas...Passemos mas é a coisas mais séria...
Atravessámos e regressámos pela ponte que deu nome a cidade sobre a qual pudemos admirar a bela paisagem que aí se pode contemplar.
De seguida, sempre junto ao rio, entramos num estradão em terra em direcção a Ponte da Barca.
Aqui é que tivemos a nossa primeira abordagem com a natureza e o curso de água. Aos poucos o estradão deixou de o ser dando lugar a uma estradinha em terra com +/- 2 metros de largura. Rolar neste tapete de terra é fabuloso porque a verdura que o rodeia está sempre presente e a água a deslizar pelo leito também.
Infelizmente aconteceu o segundo acidente do dia. O nosso Wolf ao sair de uma curva, muito apertada, deu de frente com um outro ciclista e "espalhou-se". Após a pronta assistência do Presidente lá se levantou mas ficou magoado no ombro e até um pouco combalido.
Mas nada faz desistir os Biknatura, por isso lá montámos as burras e continuámos as nossas pedalas até chegarmos a um sítio de sonho para os amantes dos piqueniques e pesca. Sítio esse que fica mais baixo do que a ecovia, por isso tivemos de descer as escadas aí existentes. Aproveitamos para molhar os pés no Lethes e descansar à sombra das árvores.
Depois deste descanso bem merecido retomámos a nossa biclada mas já de regresso para Ponte de Lima. Na ecovia começou o "cálvario" dos furos...pois! até Ponte de Lima foram dois (adivinhem quem teve a honra de abrir as hostes...claro! fui eu...como sempre) e o segundo deu origem a mais 3. Como???? é verdade! o segundo além de provocar mais 3, fez-nos perder mais de 1 hora... e que falta nos fez! Mas lá conseguimos resolver o contratempo e prosseguimos a marcha, saindo da Avenida dos Plátanos, em direcção a Viana do Castelo, na margem sul do Lima, mais precisamente Darque para apanhar o comboio até Famalicão. O cenário continuava o mesmo e o piso era sempre em saibro e por vezes empedrado nas zonas de lazer.
Este trajecto, para mim, foi mais interessante porque estivemos muito mais em contacto com o campo e o rio. Apesar da sua inegável beleza, este local é muito mais importante no que diz respeito ao meio ambiente porque é uma das zonas protegidas do rio Lima. É a denominada zona de desova para as espécies piscícolas autóctones como a Truta Fario, a Truta Marisca, o Escalo, a Boga e principalmente para o raríssimo Salmão que, infelizmente, é cada vez mais raro nos nossos rios. Este local assume, assim, um papel de relevo na preservação da fauna piscícola do rio Lima.
Igualmente passamos por zonas onde os vestígios da presença do comboio ainda eram bem patente.
Já que estou a falar do comboio...no último troço ocorreu o 6º furo que nos levou a perder o das 18h30. Já no final da ecovia, em Deão, fomos "acolhidos" por uma "concentração" equestre onde estavam certamente pessoas da "alta".
Este troço entre Ponte de Lima e Deão tem 13,3 kms que são fáceis, mas, ficámos com a sensação que nunca mais acabavam.
Já conformado com a perda do "tu! tu!" fomos comprar alguns víveres visto que íamos ter de esperar 1 hora pelo próximo.
E pronto o resto da viagem foi relativamente fácil porque o comboio vinha quase vazio e mesmo os 12 kms da estação até casa foram feitos sem "stress".
Chegámos a casa perto das 22h. Foi um dia cheio de aventura onde os seus principais ingredientes não faltaram desde as quedas, passando pelos furos e terminando com a angústia de não saber se tínhamos ou não mais comboio para regressar. Simplesmente fantástico!!! E que esta jornada seja a primeira de muitas outras.
Foram pedalados 93 kms em 5h26m à média de caracol 17 km/h... Mas o mais importante está no ambiente amistosos entre os elementos dos BiknaTuRa que mais uma vez mostraram serem um grupo coeso onde a boa disposição está sempre bem patente.
O Scriba
Fotos: Scriba e Batedor
2 comentários:
Se a intenção é despertar curiosidade...
- Totalmente conseguido!
Belo relato e bela reportagem fotográfica.
Inveja...ai que inveja mesmo com furos e quedas.
Continuação de bons circuitos.
Dida
Mais uma vez agradecemos o seu comentário que serve como um tónico para os novos relatos...Desde já desejamos-lhe um Próspero Ano de 2010 para si e para os seus.
Biknatura
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